domingo, 18 de julho de 2010

Boas férias

Pareceu-me bem o silêncio.

E os dias vividos assim – cada um em si – e não daquela forma habitual, em que os dias se antecipam, se projectam à distância, se revêem e se vivem, afinal em directo e diferido, numa confusão de “ontens” de “hojes” e “amanhãs”.

Pareceu-me bem este Sábado, planeado à sexta, num simples – Amanhã vou jardinar! – acontecido até ao comentário – Estou cansado, bolas! – que, conjuntamente com um nada efusivo – Pronto! – antes de um banho reconfortante, foi bastante avaliação do dia, pelo que encerrou, sem acta nem sumário!

Pareceu-me bem o silêncio.

E os dias vividos assim…

Pareceu-me bem … hoje… neste primeiro sábado sem segunda-feira que se preze!

E daqui a uns dias?

Parecer-me-ão dias infinitos, silêncios violentos e nada!

Porque não é assim que me cumpro. Porque me falta a vida dos dias vividos de risos e sorrisos de ruído e barulho; de trabalho e de gozo; de ler, escrever e contar; de dizer, de ouvir, de pintar; de correr, de jogar, de cantar; de inventar, de acertar, de APRENDER.

Contudo, até lá, até ao desejo de voltar à sala, às vozes das crianças, ao alvoroço e a RIR!...

Boas férias!

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