segunda-feira, 15 de março de 2010

A princesa e a serpente

Era uma vez um rei, um dos mais ricos homens do mundo, que tinha três filhas. As suas filhas mais velhas eram egoístas e invejosas, mas a filha mais nova, sim, era muito bonita. Mas naquele momento, o Rei não tinha dinheiro, por isso pensou em pedir ajuda aos outros reinos.
Antes de partir, o rei perguntou a cada filha o que queria que lhe trouxesse. A filha mais velha, pediu-lhe um vestido da mais fina seda que encontrasse. A filha do meio pediu-lhe um colar de pérolas. A filha mais nova, não tinha pedido nada. Então, o pai perguntou-lhe se ela não queria que lhe trouxesse nada. A filha disse que queria apenas uma rosa, e as duas irmãs começaram a rir-se, como desalmadas.
Então o rei partiu. Na chegada ao seu reino, já tinha os presentes das filhas mais velhas, só não tinha o da mais nova. Mas quando estava mesmo a chegar ao palácio passou por um castelo, muito bonito, com um jardim encantador e rosas muito brilhantes.
O rei tocou a sineta uma, dez, vinte vezes, mas nada! Ninguém abriu, por isso colheu uma das rosas, e de repente apareceu uma grande serpente que lhe disse com uma voz rouca :
- O que é que estas a fazer com essa rosa? Não te pertence. O rei respondeu:
- Toquei várias vezes e ninguém respondeu, por isso colhi esta bela rosa para a minha filha mais nova.
O rei explicou-lhe melhor a situação que se estava a passar.
A serpente disse ao rei que podia levar a rosa que colheu, mas com a condição de lhe trazer a sua filha mais nova, para a conhecer, e só tinha três dias para a levar lá.
Quando chegou ao palácio, estava muito triste e nem contou o que se tinha passado à sua filha, mas a sua filha conhecia bem o seu pai, e perguntou ao pai o que se passava.
O rei não gostava de mentir às suas filhas, por isso contou-lhes a história que se tinha passado, do princípio ao fim.
A filha preocupada, partiu no seu cavalo preto, sem demora.
Chegou ao palácio, tocou a sineta milhões de vezes, mas ninguém abriu, por isso entrou, deitou-se numa das camas dum quarto qualquer, porque estava muito cansada, e acabou por adormecer nos lençóis com fios dourados.
Acordou, e uma serpente estava em cima do seu colo. A princesa assustou-se e afastou-se. A serpente disse à princesa para não ter medo e a princesa fez-lhe mimos na cabeça.
A princesa, passado muito tempo, sentiu-se prisioneira e com muitas saudades do pai e também das irmãs, e disse à serpente que ia visitar a sua família.
A serpente disse à princesa que só tinha três dias para voltar e a princesa foi toda contente. Quando chegou ao seu palácio, a princesa deu um grande abraço ao pai e as duas irmãs ficaram de boca aberta por a princesa estar lá.
A princesa nem deu pelos dias passarem, e passaram mais de três dias.
Quando ela se lembrou, saiu do castelo no seu cavalo em direcção à casa da serpente. Quando lá chegou viu a serpente deitada, a morrer entre as rosas.
A princesa foi lá acudi-la e uma das suas lágrimas caiu no peito da serpente. Um clarão azul, vermelho e verde se formou e a serpente transformou-se num príncipe muito bonito.

1 comentário:

  1. Boa, Bárbara!
    Gostei da tua versão e de algumas palavras que usaste para a contar e que senti saborosas.
    "desalmadas", "do princípio ao fim", "lençóis com fios dourados", "boca aberta" e "acudi-la" são um exemplo.

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