Era uma vez uma cabreira que procurava um sítio onde as suas cabras pudessem pastar. Tanto procurou que acabou por encontrar o lugar ideal para as suas cabrinhas e passou a levá-las para lá todas as manhãs.
Um dia, enquanto as suas cabrinhas pastavam, apareceu por lá um cavaleiro (conde), falou com a cabreira e tempos depois apaixonaram-se. Passaram muitos dias juntos, muito felizes, mas acabaram por se esquecer dos seus deveres principais. Um dia chegou o falcão do conde que trazia um anel no bico, o que queria dizer que o seu condado estava a ser invadido por exércitos inimigos.
O cavaleiro despediu-se da cabreira e partiu a correr, prometendo voltar brevemente.
A cabreira esperou, esperou e esperou pelo seu cavaleiro, até que um dia subiu ao cimo da serra e começou a chorar. As suas lágrimas foram tantas que se transformaram num ribeiro que começou a correr pela montanha abaixo. Cheia de saudades a cabreira desejou ser uma ave e, como se fosse magia, transformou-se mesmo numa ave e voou à procura do seu amor.
O ribeiro formado pelas suas lágrimas chama-se Rio Ave, que nasce na Serra da Cabreira e desagua em Vila do Conde, que era a terra do cavaleiro.
Francisco Gil
22/02/2010
Reunião de Pais
Há 10 anos
Muito bem! Francisco. Parabéns.
ResponderEliminarTambém acho professor Jorge Pimentel tirou-me as palavras da boca
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